"Não haverá uma obra fora do prazo, porque vamos entregar tudo no prazo e dentro do custo", afirmou o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, nesta quinta-feira (13/8), ao discorrer sobre o tema "Plano de Antecipação de Políticas Públicas: Arenas, Mobilidade Urbana, Porto Maravilha e demais Obras" no seminário realizado no Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ). "O que queremos mostrar nas Olimpíadas como legado é que nesse país as coisas também podem ser feitas", destacou o prefeito.

Paes fez questão de frisar que os resultados que estão sendo obtidos não surgiram da noite para o dia. "Não estamos fazendo um evento perfeito. Mas nunca houve na história desse país e da própria história das Olimpíadas tanto recurso privado. Isso mostra o potencial de uma cidade. Os R$ 14 bilhões de recursos privados que conseguimos para investir nos Jogos vieram basicamente do mercado imobiliário carioca. Isso mostra um país pujante, um país forte. Tivemos e temos desafios. Mas tem principalmente muito planejamento para que economizássemos dinheiro público", ressaltou o prefeito.

Vila Olímpica quase pronta – Ao dar exemplos do empenho da prefeitura no planejamento, Paes citou a Vila Olímpica, uma obra que começou em 2010 e que está com mais de 95% das obras concluídas. Segundo ele, como o projeto foi iniciado com prazo, a prefeitura e o comitê olímpico, com a chancela do Tribunal de Contas do Município (TCMRJ), conseguiram o espaço necessário às negociações com os atores privados. "Se não tivéssemos planejamento e organização, não teríamos conseguido construir a Vila a tempo, contando com a parceria público-privada."

Ao longo de sua apresentação, o prefeito falou dos muitos empreendimentos realizados e entregues antes dos Jogos, como o Centro de Operações Rio, concluído em 2010. Citou a duplicação da rede hoteleira, "graças os incentivos urbanísticos e fiscais", o Parque do Porto Maravilha, "a maior parceria pública privada realizada no país", o Parque dos Atletas, inaugurado em 2011, o fim do lixão de Gramacho e a instalação do Centro de Tratamento de Resíduos de Seropédica.

Na área de mobilidade urbana, Paes falou sobre o primeiro BRT, com apenas 50 quilômetros e transportando 210 mil passageiros/dia. "Em 2009, tínhamos 16% dos cariocas andando em transporte de alta capacidade. Ano que vem, 63% das pessoas serão beneficiadas com a modalidade. Só as redes de BRTs, todas pagas com recursos da prefeitura,  a um custo de R$ 8 bilhões, já estão transportando 450 mil passageiro/dia", destacou o prefeito.

O prefeito Eduardo Paes finalizou a sua exposição com uma comparação entre os números da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos, para demonstrar a grandeza do evento de 2016. Na Copa, o país recebeu 32 delegações internacionais e reuniu 736 atletas e 15 mil voluntários, enquanto nas Olimpíadas serão 206 delegações, 15 mil atletas e 70 mil voluntários. "Tirando as guerras, não há operação logística nas dimensões das Olimpíadas", afirmou o prefeito.